INICIAÇÃO CIENTÍFICA EM NUTRIÇÃO NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

INICIAÇÃO CIENTÍFICA EM NUTRIÇÃO NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

• Autor
• Murilo Amorim Sena
• Co-autores
• Danillo Novaes Ventorin , Azucena Lima Oruezabal , Yasmin de Sousa Gregorio , Lara Rodrigues de Mendonça , Roberta Freitas Celedonio
• Resumo

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  Introdução: A educação superior no Brasil pode ser concebida como uma forte aliada para o desenvolvimento científico, tecnológico e consequentemente, social do país porque a partir dela se criam as possibilidades e condições de crescimento de uma nação (Costa, 2013). A iniciação científica (IC) foi criada em 1951, juntamente com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão ligado diretamente ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A criação do CNPq ocorreu na mesma época do início do financiamento da atividade de IC, mediante liberação de bolsas anuais de fomento à pesquisa na graduação (Azevedo, 2020). Neste contexto, um caminho reconhecido no meio acadêmico que vem ao longo do tempo se destacando é a pesquisa científica. Incentivar a investigação científica está prevista na política pública para a educação no Brasil como mecanismo de desenvolver o entendimento do homem e do meio em que ele vive. O que é observado a partir das pesquisas científicas desenvolvidas no âmbito das Instituições de Ensino Superior (IES), via IC (Izabel, 2021). Portanto, para desenvolver estratégias e ações que possam melhorar os programas de IC, é essencial entender o que leva os pesquisadores em instituições educacionais a se envolverem em pesquisas científicas com a participação dos alunos. As políticas de ciência e tecnologia desempenham um papel essencial na promoção de interações entre vários agentes, aumentando a eficiência das instituições públicas de pesquisa e fornecendo aos pesquisadores autonomia para definir suas agendas de pesquisa (Ekboir, 2002). Objetivo: Relatar a experiência acadêmica de estudantes do curso de Nutrição durante sua participação nas atividades do Projeto de Iniciação Científica. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, de abordagem qualitativa e caráter descritivo, que visa apresentar as vivências acadêmicas de estudantes do curso de Nutrição durante sua participação nas atividades do Projeto de Iniciação Científica intitulado como “Nutrição na prevenção e tratamento de doenças crônicas não transmissíveis”. As informações foram obtidas a partir da observação direta das atividades realizadas, reuniões com orientadora e registros produzidos ao longo do desenvolvimento do projeto. As experiências relatadas referem-se ao período de 2025.1, durante os meses de março, abril e maio, e envolvem práticas relacionadas à elaboração de revisão de literatura, análise de dados e desenvolvimento de capítulo de livro. Resultados parciais e Discussão: A vivência na Iniciação Científica (IC) revelou-se uma experiência formativa significativa, tanto no âmbito acadêmico quanto pessoal. Os discentes participantes relataram que a atividade contribuiu para o desenvolvimento do pensamento crítico, para a apropriação da linguagem científica e para uma compreensão mais ampla do papel social da ciência (Azevedo, 2020; Costa; Almeida, 2020). Essa trajetória favoreceu a ressignificação de saberes prévios e incentivou uma prática docente mais fundamentada e reflexiva, alinhada aos princípios de uma educação transformadora (Barros; Silva, 2019). Outro aspecto amplamente destacado foi o fortalecimento da autonomia intelectual, da curiosidade investigativa e da capacidade de articular teoria e prática em contextos interdisciplinares. Nesse cenário, o protagonismo do estudante na construção do conhecimento foi evidenciado, especialmente quando a pesquisa é compreendida como eixo estruturante da formação profissional (Fernandes, 2024). Os encontros quinzenais realizados para debate de artigos científicos e troca de conhecimentos desempenharam papel fundamental nesse processo. Essas reuniões proporcionaram um espaço colaborativo para reflexão crítica, aprendizado contínuo e aprimoramento da capacidade analítica dos participantes, fortalecendo o ambiente de pesquisa e incentivando a construção coletiva do saber. Como parte dessa experiência, foi desenvolvido o trabalho intitulado "A importância da terapia nutricional no controle e qualidade de vida em portadores de fibromialgia – uma revisão de literatura". A pesquisa evidenciou que intervenções nutricionais específicas podem contribuir para a melhora dos sintomas em condições crônicas como a fibromialgia, trazendo alívio à dor, redução de processos inflamatórios, melhora na fadiga e na qualidade de vida. Esses achados reforçam a importância da nutrição como parte de uma abordagem integrativa no cuidado de pacientes com doenças crônicas. O trabalho recebeu menção honrosa e conquistou o 3º lugar em premiação em evento científico da Unifametro, demonstrando o reconhecimento da qualidade da produção acadêmica realizada. Atualmente, os participantes iniciaram a elaboração de um capítulo de livro a respeito de probióticos e transtornos psicológicos fazendo a correlação do eixo intestino-cérebro, o que reforça o caráter contínuo da formação e o compromisso com a disseminação científica. Considerações finais: A participação em projetos de iniciação científica na área de nutrição voltados às Doenças Crônicas Não Transmissíveis contribui de forma significativa para a formação acadêmica dos discentes, estimulando o pensamento crítico, a responsabilidade e o aprofundamento em estratégias nutricionais. Esse processo amplia a compreensão do papel da alimentação na promoção da saúde e prepara o aluno para os desafios da prática profissional.

   

• Palavras-chave
• Iniciação, Pesquisa, Ensino, Nutrição.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Ciências da Saúde

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